O Desenvolvimento Humano no Patamar Científico

O Desenvolvimento Humano no Patamar Científico

O novo milênio tem se caracterizado por um período de transição, com rupturas em estruturas sociais, afloramento de tecnologias genéticas, imigração global, acesso rápido a informações, relacionamento virtual, emergência de questões ecológicas, dentre outros fenômenos. Esses fatos têm gerado desgastes e inconstância sem precedentes históricos.

Paralelamente, na prática científica, vivemos um momento de rupturas paradigmáticas, em que vemos emergir a relevância do contexto social na investigação dos fenômenos. No caso do Desenvolvimento Humano, o contexto serve como tela de fundo para se compreender a contínua interação entre as mudanças que ocorrem no organismo e no seu ambiente. O contexto refere-se às condições de vida, aos sistemas sócio-histórico-culturais, ao ambiente físico e de pessoas que compõem o cenário no qual se insere o sistema indivíduo-ambiente em desenvolvimento.

Compreender as interações complexas, dinâmicas e multifacetadas entre a pessoa e o seu ambiente, em um determinado contexto social, histórico e cultural, requer uma perspectiva de investigação sistêmica e interdisciplinar.

Não obstante salientar o que sempre venho comentando em minhas praticas integrativas, cursos, vivencias em grupo, artigos e vídeos, este momento contemporâneo contempla necessariamente termos um olhar atualizado, respeitando o obsoleto, obedecendo o movimento sistêmico global para que possamos com mais harmonia e conforto obtermos os resultados sustentável que nos propomos. É fundamental percebermos que nesta atual Era do Conhecimento e Informação, não há mais lugar apenas para CTRL C + CTRL V. Precisamos com disciplina e determinação observarmos o dinâmica de exigências que se faz necessário, utilizarmos a tecla F5, atualizando todo este contexto, para não corrermos riscos de obtermos resultados pífios.

A responsabilização concentra-se em elementos que se preparam para poder transformar o modelo mental dos seres humanos e dar continuidade à Evolução contínua das Espécies.

Um novo paradigma para o Desenvolvimento Humano

Esse paradigma é caracterizado por ser relativista, integrador e contextual, além de enfatizar o valor da cultura e dos contextos do Desenvolvimento Humano. Simultaneamente a essa tendência, passamos a evidenciar as limitações que os paradigmas positivista e cartesiano impuseram à ciência, fragmentando os campos do conhecimento.

Apesar que distante dos olhares dos seres humanos que não desfrutam de uma capacidade perceptiva apurada, o Desenvolvimento Humano está seguindo o mesmo percurso da ciência moderna, acompanhando sutilmente sua dinâmica.

Observo que as resistências demonstradas no estudo do Desenvolvimento Humano se embasa na compreensão de que é mais adequado tratar o desenvolvimento sob a ótica do pluralismo, permitindo a coexistência de explicações de naturezas teóricas diversas, e de que o desenvolvimento não é um fenômeno linear, mas, sim, um processo dinâmico e complexo de interação entre fatores biológicos e culturais, ou seja, um fenômeno radial. O reconhecimento da complexidade do desenvolvimento foi o primeiro passo para o surgimento de uma perspectiva integradora para estudar os aspectos atrelados à Evolução Complexa Humana.

Obviamente, sua investigação tem constituído um desafio, uma vez que suas dimensões não podem ser estudadas sob o ponto de vista de uma única disciplina. Assim, os paradigmas interdisciplinares da atualidade, que buscam o estudo sistêmico na sua totalidade e complexidade, passaram a significar a retomada criativa do saber científico. Novos princípios se estabeleceram a partir das contribuições de algumas abordagens como as construtivistas, sistêmicas, holísticas e das relações sociais.

Paralelamente às contribuições de teorias que emergiram na segunda metade do século XX, diversos artigos teóricos e empíricos sobre Desenvolvimento Humano sugeriam a expansão das fronteiras metodológicas utilizadas para métodos mais adequados à sua complexidade, propondo estudos sistêmicos, longitudinais, transculturais, transgeracionais e multimetodológicos. Com a ampliação da visão sobre o Desenvolvimento Humano, particularmente nas últimas duas décadas, novos caminhos foram abertos para estudos mais atualizados.

Noções básicas na ciência do desenvolvimento humano

A concepção de desenvolvimento na perspectiva do ciclo de vida coloca-nos diante de questões que têm reflexos diretos na sua prática. Por exemplo que tal refletirmos sobre: O que são as interações dentro de um contexto? O que significa continuidade e mudança no desenvolvimento humano? O que se entende por coação e por influências bidirecionais no desenvolvimento? Como as experiências contribuem para o desenvolvimento?

O que são as interações dentro de um contexto?

Em decorrência do fato de o indivíduo estar continuamente percebendo as similaridades e as diferenças entre ele e os outros, a forma como o indivíduo constrói a si próprio está estreitamente relacionada à forma como ele constrói o outro, e vice-versa. Nesse processo, as relações sociais constituem aspectos fundamentais para a formação dos seres humanos.

A relação social, que inclui as interações estabelecidas durante um longo período de tempo, possui características próprias que são distintas das interações, tais como compromisso e prazer em contribuir com a Evolução do próximo, claro que aqueles que realmente tem iniciativa de querer evoluir, tendo um caráter de consistência e continuidade. Tanto as interações como as relações estabelecidas no passado influenciam as interações e as relações estabelecidas no presente e no futuro. Podemos perceber que as pessoas estão continuamente buscando um sentido para suas ações e para as ações dos outros: “As pessoas precisam sentir que possuem algum grau de controle sobre os acontecimentos e, para isto, elas precisam ver o mundo como previsível”.

As suas interações e os seus relacionamentos estão, portanto, pautados nos significados pessoais que os indivíduos atribuem a si mesmos e na compreensão mútua entre eles e aqueles que com eles convivem. E toda a construção da identidade pessoal é formada pela experiência, e esta depende de mantermos uma disciplina de estarmos em busca do Desenvolvimento atualizado e contínuo.

O Desenvolvimento Humano ocorre por meio de um processo progressivo de interações recíprocas e complexas entre um organismo biopsicológico ativo e outras pessoas. Portanto, para que haja interação, é necessário que pelo menos duas ou mais pessoas estejam presentes em um mesmo contexto, sendo agentes e pacientes, dialeticamente, no processo de busca por sentido e identidade a partir de suas mútuas experiências.

 

O relevância da continuidade e mudança no Desenvolvimento

Ao longo do curso de nossas vidas, os indivíduos são constantemente desafiados a estabelecerem, manterem e reorganizarem seus comportamentos relacionais dentro do ambiente no qual estão inseridos. Portanto, para entendermos a essência do Desenvolvimento Humano, três conceitos são fundamentais: continuidade, transformação e atualização.

Continuidade, refere-se aos padrões relacionais e comportamentais transferidos de uma situação anterior para uma nova situação. Esses padrões quase sempre eliciam respostas nos outros organismos ou indivíduos que fazem parte do novo contexto de interação, que, por sua vez, apoiarão ou validarão os padrões iniciais, contribuindo para adaptá-los às características do novo contexto.

O estudo da Mudança Transformacional nos padrões adaptativos começa com uma análise sistemática das acomodações cognitivas e comportamentais do indivíduo observadas em períodos específicos de tempo, considerando também as mudanças concomitantes ocorridas em outros sistemas orgânicos e ambientais. Isso significa que as mudanças sistêmicas que apoiam ou consolidam uma nova direção adaptativa são examinadas considerando o entrelaçamento dinâmico entre os diferentes níveis do sistema e o respectivo tempo da reorganização adaptativa. Por exemplo, os processos de transição da infância para a adolescência e da adolescência para a fase adulta sugerem várias continuidades e mudanças que são comumente evidenciadas no contexto do desenvolvimento.

Os aspectos atrelados à Atualização das vertentes inseridos no contexto do desenvolvimento, se refere as necessidades dinâmicas que o sistema tem para obtenção de resultados permanentes, até mesmo porque umas das Leis Naturais da Sobrevivência, denominada lei da impermanência, ressalta que “A Vida é movimento de adaptação no aqui e agora” e “Quem não se atualiza entra na esfera da estagnação”.

Um dos pontos principais na Ciência do Desenvolvimento é elucidar a origem das novas capacidades adaptativas nos indivíduos e nas demais espécies vivas. A capacidade adaptativa é percebida por meio das atividades comportamentais dos indivíduos, que definem-se como sendo “a origem do processo que gera condições internas e externas ao organismo, conduzindo-o a um alinhamento funcional”. Durante a ontogenia (desenvolvimento de um indivíduo desde a concepção até a maturidade), o processo de adaptação mostra-se maleável e reversível. Ou seja, há uma coordenação dinâmica entre as estruturas internas e externas que apoia a preservação, o desenvolvimento e os novos padrões comportamentais adaptativos.

Os Fenômenos do Desenvolvimento Humano

As questões do desenvolvimento não podem ser concebidas como sistemas mecânicos, lineares, reducionistas ou deterministas. Ao contrário, elas devem ser concebidas dentro de uma perspectiva que é construída de forma interdependente, interativa, exploratória e dinâmica, que une a multiplicidade e a unidade dos fenômenos. Isso implica incluir os processos biológicos, psíquicos, sociais, afetivos e cognitivos que ocorrem em um contexto “histórico-cultural”, ao longo da vida do ser humano. Para que possamos compreender os fenômenos do desenvolvimento é preciso também levar em consideração que há aspectos subjetivos em sua construção e que a complexidade da natureza dos fenômenos não pode ser representada por meio da descrição limitada das partes do processo. Tal compreensão respeita as interdependências e as conexões recíprocas que unem e diferenciam o conhecimento.

No entanto, propor a pluralização dos saberes, o aumento de possibilidades de trocas de experiências e pesquisas colaborativas na construção do conhecimento científico requer um rompimento com a falta de disciplina de mantermos no estado de letargia no que tange a não buscar uma Evolução Continuada.

A postura interdisciplinar no estudo do desenvolvimento humano busca uma coerência com a complexidade de seu objeto de estudo e implica cooperação, mediação, respeito e parceria, os quais somente poderão ser construídos por meio do compromisso ético com o saber científico. Tenho convicção que um trabalho interdisciplinar em equipe favorece a articulação entre respostas aparentemente contraditórias, que são próprias de investigações de sistemas complexos quando se adota uma postura reducionista.

O notável crescimento da Ciência do Desenvolvimento Humano nos últimos anos deve-se, em parte, ao aumento quantitativo e qualitativo de pesquisas científicas, da sofisticação estatística e da inclusão de aspectos conceituais com ênfase na validade ecológica que, por sua vez, requer a adoção de uma visão contemporânea e perceptiva nas as áreas do conhecimento e aprendizagens.

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Cassio Corazzari, Atua na área do Desenvolvimento e Comportamento Humano30 anos, atualizando e se preparando para os desafios contemporâneos para poder orientar, treinar e acompanhar pessoas, equipes e empresas para um Patamar de Desenvolvimento Evolutivo e obtenção de resultados almejados em diversas áreas da Vida. Curriculum completo, clique aqui.

 

 

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