Comportamento Organizacional Contemporâneo

Comportamento Organizacional Contemporâneo

Os temas e o entendimento das questões relacionadas com o Comportamento Organizacional nunca foram tão importantes para os gestores como nos dias de hoje. Os diversos estudos e as mais variadas pesquisas que estão em andamento nas organizações estão proporcionando contribuições relevantes, não apenas para a liderança como para cada colaborador. Alguns assuntos merecem especial atenção no dia-a-dia das organizações e estão atrelados os seguintes aspectos:

Inovação: As respostas de ontem não garantem mais as perguntas de hoje. É fundamental encontrar soluções para novos e velhos problemas.

Temporariedade: A velocidade da mudança é intensa e é preciso estar preparado para mudar constantemente, só que neste momento em prazos mais curtos.

Interação Humana: A busca pela autonomia e a necessidade de “auto-realização” exigem um entendimento de como isso será possível.

Desempenho:  A qualidade, a produtividade e a ética nos negócios passaram a exigir grande atenção, a qual se traduz em resultados.

Diversidade: É preciso promover e conscientizar a aprendizagem e aceitação de diferenças, que cada vez mais estão presentes nas organizações, exigindo novas posturas e atitudes no ambiente de trabalho.

Globalização: A abertura de novos mercados, novos concorrentes, a quebra de fronteiras, perdas de emprego, novas oportunidades e dificuldades econômicas constituem-se em desafios permanentes.

Mudanças & Transformações: As organizações estão cada vez mais baseadas em trabalhos em equipe, na interação, na inovação e desenvolvimento contínuo.

Novas Estruturas:  Cada vez mais as estruturas formais, lineares e hierarquizadas, estão cedendo lugar para estruturas horizontais, radial, flexíveis e mais enxutas.

Novas Opções de Carreira: Não faz mais sentido planejar a carreira tomando como referência a os níveis hierárquicos da empresa. A tendência atual é o movimento horizontal, contemplando-se outras oportunidades, a exemplo dos empreendedores. A variedade e a amplitude do estudo destas questões contribuirão de maneira significativa para que o sistema de liderança e liderados possam dispor de recursos para uma vida melhor e um contexto organizacional mais humano.

Organizações que aprendem aprendendo

Imagine uma organização competente em lidar com os problemas de hoje e aproveitar as oportunidades do futuro. Imagine uma organização em que todos se comunicam assertivamente e  ouve com respeito. Imagine uma organização capaz de aplicar novas teorias e ferramentas, de gerar novos conhecimentos, de assimilar novos paradigmas; em suma, capaz de acompanhar a mudança que é inexorável. Imagine uma empresa em que todos os seus elementos caminham para o mesmo objetivo, em que todos se empenham em aprofundar e expandir as suas capacidades enquanto um Sistema. Imaginando isto, você está a imaginar uma Learning Organization. (Peter Senge)

O que diferencia uma Learning Organization das demais é sua condição de reagir prontamente às mudanças, antecipando-as ou, ela mesma, promovendo a necessidade de mudar. As empresas precisam se orientar no mercado global, administrar surpresas e aprender com os próprios erros. Para isto precisam aprender continuamente, desenvolvendo seu capital intelectual (colaboradores).

Aprender não deve ser confundido com colecionar informações, mas implica relacionar as informações com o mundo de forma a compreende-lo e ser capaz de entender a relação com ele, de desenvolver novas competências, de inventar e se reinventar. É exatamente esta capacidade que permitirá lidar com a mudanças.

Este é o desafio de todos que não se contentam em ser meramente espectadores, mas ambicionam ser protagonistas da história.

O o ciclo de aprendizagem é iniciado e mantido pelas cinco disciplinas:

Maestria pessoal: É preciso sermos capazes de criar um ambiente empresarial que incentive os nossos colaboradores (em uma organização que aprende e se desenvolve não existem funcionários e sim colaboradores) a buscar seus objetivos, sem medo de errar. Enfim, aprender a aproximar a realidade da visão pessoal.

Modelos mentais:  São mapas do mundo que construímos a partir das nossas vivencias, experiências e modelo cultural individual. O objetivo desta disciplina é rever nossos modelos mentais para ajustá-los à realidade. Quanto mais próximo estivermos da realidade, mais capazes seremos de tomar caminhos que nos conduzam aos objetivos estabelecidos.

Trabalho em equipe: Crescemos sem saber o que é trabalhar e aprender em grupo, isto é cultural. Portanto, criar conhecimento em grupo é uma tarefa desconfortável. Assim, é cada vez mais importante que se construa, nas organizações, a ideia de que a eficácia não é resultado de um esforço apenas individual, mas sim resultado de ações sinérgicas, com um forte sentido de cooperação.

Visão Compartilhada: A visão genuinamente compartilhada envolve os vários níveis da organização na construção de sua visão. As pessoas precisam ter um espaço para falar e serem ouvidas, pois somente assim terão engajamento para construir uma visão que irão ao encontro de suas aspirações e do futuro que desejam para a empresa, em vez de uma visão que atenda aos desejos dos seus superiores. A força desta disciplina está em que, ao permitir várias visões pessoais, terão uma maior possibilidade de explorar as diferentes perspectivas da realidade e do futuro. Este processo coletivo de criação transcende as inteligências e aspirações individuais.

Visão Sistêmica: Trata-se de uma disciplina que permite compreender a organização como um sistema e descrever as inter-relações existentes entre os seus elementos. Cada componente exerce influências e transfere informações a outros, promovendo o crescimento ou a estabilidade do sistema como um todo.

Tornar-se uma organização que aprende é dominar cada uma dessas disciplinas, e isto não é um projeto que tenha uma data determinada para se iniciar e finalizar. É um projeto eterno que garante a longevidade da empresa. Somente entram neste desafio as organizações que estão focadas em criar o seu futuro.

Concluindo:

No mundo organizacional atual existem lideres adotando práticas gerenciais totalmente adversas ás reais necessidades e exigências do terceiro milênio. O campo do comportamento organizacional, munido de estudos e pesquisas, proporciona a estes gestores um conjunto de ferramentas não apenas eficazes para o alcance de resultados nas organizações, como também para o desenvolvimento e satisfação no trabalho por parte das pessoas. Aspectos como percepção inteligente, atitudes, valores, diversidade, assédio moral, estruturas e processos de grupos tornam-se essenciais para um modelo de gestão que transcenda as maiores expectativas. Preparar e atualizar as pessoas e as organizações para os desafios do futuro exige um contínuo repensar e aprender de novas formas de comportamento de todos os elementos da organização. Conhecer pessoas, processos de grupos, cultura organizacional e o modo como esses processos interagem entre si passou a ser uma exigência essencial de qualquer gestor que almeje sucesso no mundo dos negócios e das organizações.

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