A “Codependência” na Visão Sistêmica

A “Codependência” na Visão Sistêmica

Você já observou pessoas que estão amarradas à outras, de forma quase patológica, onde a relação mais parece uma prisão? À este comportamento, a psicologia nomeou de Codependência.

Codependência geralmente é exercida por um membro sistêmico familiar que, ao perceber em outro, seja o cônjuge, namorado, filho, sobrinho ou outro parente, um desvio de comportamento que pode ou não ser causado por dependência química, vive em função de outra pessoa, fazendo desta tutela obsessiva a razão de sua vida, sentindo-se útil, fiel e com objetivos apenas quando estão diante do dependente e de suas limitações problemáticas.

Sabe aquela retórica? Eu não consigo deixá-lo(a)… tenho que cuidar dele(a). Existe uma postura de sentir-se responsável pelo problema do outro, e o que chama mais a atenção é que a única coisa que une os codependentes, já que existem dois nesta relação conturbada, é a limitação ou o problema, e não o amor.

Há uma significativa necessidade do outro como meio de obter sentido e motivação para a vida.

Como seres sociais, nossa relação com os outros traz grande valor à nossa vida. É nas relações que crescemos, aprendemos e podemos nos desenvolver. Quando lidamos saudavelmente com a presença e também a ausência do outro e reconhecemos bem os limites da nossa individualidade, nossa vida flui e cresce com nossas relações. Porém, há um aspecto do nosso afeto que por vezes ultrapassa o limite saudável; é quando dependemos profundamente do relacionamento com o outro.

A pessoa que ama, solta, aceita e libera o outro para a vida. A pessoa codependente sente-se culpada e cobrada por fazer algo. Desta forma, é comum, encontrarmos pessoas que, inconscientemente, buscam companheiros problemáticos para trazer para sua vida, ao invés de procurar viver feliz e fazer o melhor da vida por si. É um comportamento sutil e uma atitude inconsciente. A mente consciente até dá diversas desculpas para manter este tipo de relação, mas na verdade, existe uma força oculta que impulsiona um codependente contra o outro, e esta força está baseada na dor, sofrimento e culpa.

A manifestação da Codependência

Na Codependência há um desejo contínuo de controle dos outros e do ambiente onde estamos. Isso se justifica pelo medo interno de que se algo muda, “eu posso perder o que é importante e que me permite viver”.

Outro ponto que se manifesta na Codependência, é a motivação de oferecer ajuda aos outros ou mesmo de tomar o problema dos outros para si. São comportamentos que trazem um sentimento momentâneo de conexão, mas com rara sustentabilidade. Assim, a pessoa codependente se vê presa em um ciclo que não tem fim, sempre alimentando superficialmente um vazio interior.

A Codependência emerge quando uma pessoa deixa o comportamento de outra afetá-la e é obcecada em controlar esse comportamento.

Identificando a Codependência

Muitas pessoas vivem na Codependência e não se dão conta, fica muito na esfera do inconsciente. Sentem um certo desconforto básico, por exemplo, quando querem falar sobre algo ruim e não conseguem, preferindo se calar, do que criar alguma situação constrangedora. Quando deveriam pedir, não pedem, mesmo se sentindo no direito de pedir. Às vezes o certo é exigir, mas não conseguem, ficam na letargia. Sentem dores no corpo e mal estar no estômago, aliás estas são manifestações recorrentes, mas normalmente não sabem do que se trata. Estes são sintomas que mais pude presenciar quando identifico este padrão limitante.

A evidência mais saliente é a sensação de sentirem-se responsáveis, pois os codependentes carregam na alma um amor sem medida pelo próximo, e esquecem deles mesmos.

Pode ser que se trate de um grande amor, mas, por trás dessa afeição, algo maior atua todo tempo e em qualquer lugar. É como se, ilusoriamente, estivesse atendendo a um propósito de vida.

Amar com sacrifício e desconforto, tem o tom característico do codependente, pois vive a vida do outro e se recusa a se responsabilizar por suas próprias ações.

A profundeza da Codependência

Na prática codependente, a ordem sempre é dar muito, sem se importar em receber. Os codependentes sentem-se esquisitos, constrangidos, na verdade, não encontram em si o merecimento. Por fim, acabam dando sem receber alimentando uma relação desarmônica e doentia.

São pessoas que sentem um vazio, não se realizam como pessoas e muito menos profissionalmente, embora possam até se esforçar. É muito comum perceber que alguns se exaustam e suas energias tendem a serem exauridas. No amor sem medida, controlam tudo e todos, mas duvidam da capacidade de cuidarem de si mesmos. Tornam-se obcecados por outras pessoas.

O Amor Sistêmico que cura

Bert Hellinger, o pai da Constelação Sistêmica, estabelece que uma das ordens para que o amor flua numa relação é a igualdade do dar e receber. “… em primeiro lugar, faz parte das ordens do amor entre pessoas iguais que reconheçam o outro como alguém de mesmo valor”.

Hellinger quer dizer que, se acho que posso ajudar alguém, estou me colocando acima deste alguém, melhor que ele, e portanto, não estou amando. Em qualquer relacionamento, deve haver o equilíbrio entre o dar e receber. Dou o tanto que recebo. E vice-e-versa. Caso contrário, ocorre desequilíbrio. Isto bate com o pensamento da psicologia, que diz: “O codependente almeja ser, realmente, o salvador, protetor ou responsável pela outra pessoa, mesmo que para isso ele esteja, inconscientemente,  prejudicando e agravando o problema do outro.”

A Constelação Sistêmica, atrelado ao processo da Expansão da Consciência, restabelece esta ordem. A Codependência é um impulso inconsciente causado por uma identificação da pessoa com algo do seu passado. Por isso, o codependente não deve se sentir culpado, simplesmente é chegado o momento de dizer: chega! Quero e vou seguir minha vida, com felicidade e harmonia.

Muitas vezes, só o fato de se desligar da “preocupação” e deixar que a vida tome o seu rumo sem interferir, já ocorre grande melhoria – nos dois lados envolvidos. É importante se entregar ao amor maior que permeia as relações humanas, pois isto cura e cicatriza as dores e sofrimentos. A Transformação ocorre quando entregamos a este amor que é maior que a nossa capacidade e inteligência. As dores e sofrimentos emergem quando esquecemos disso, e pensamos ser acima, maiores e mais importantes.

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