Constelação Sistêmica: Os Aspectos Científicos da Fenomenologia

Constelação Sistêmica: Os Aspectos Científicos da Fenomenologia

A abordagem da Constelação Sistêmica é Fenomenológica. A Fenomenologia é uma área da filosofia Humanista, de tradição alemã e proporciona uma proposta ao ser humano como ele se apresenta, sem interpretações e sem aspectos teóricos. Ela vai na contra-mão da ciência reducionista aplicada ao homem, não dando interpretação ao que acontece, apenas esperando o que irá emergir do “campo”.

A Fenomenologia foi inicialmente concebida como um método da crítica do conhecimento universal das essências, ou ainda, a ciência da essência do conhecimento. Corrente fundadora do pensamento contemporâneo, inscrita no final do século XIX e início do século XX, a fenomenologia está estritamente ligada a Edmund Husserl (1859-1938), seu fundador e iniciador. Compreendida como um método da crítica do conhecimento universal das essências, a fenomenologia tem por objetivo a constituição da ciência do conhecimento ou doutrina universal das essências. O Filósofo Husserl se interessou muito pela psicologia, principalmente estudando-a como objeto de estudo a Consciência (memória, aprendizagem, atenção, etc.).

A Fenomenologia é então o que se revela e o que se mostra. É um princípio de transparência onde o Constelador e Constelado se fundem num único elemento, ou seja, não estão separados. Cabe então, no contexto das Constelações Sistêmicas, convidar o Constelado a ter uma percepção relevante do ”campo morfogenético” para quem trabalha com um olhar científico, ou para o “campo vazio”, para quem optou pela visão holística. Por intermédio deste “campo” atrelado aos Processos da Constelação Sistêmica, nos conectamos a estes movimentos fenomenológicos decorrentes do “campo”, permitindo que tenhamos uma percepção profunda, facilidade e segurança para executar com maestria as vivências da Constelação Sistêmica, sejam estas com pessoas ou individualmente com bonecos. Isto, naturalmente, é manifestado através de um gesto, um olhar e uma palavra, onde o Constelador sente o que acontece naquele sistema, revelado pelo próprio “campo” e reiterado, com menos relevância, ao que é verbalizado pelo Constelado.

Segundo o filósofo alemão Martin Heiddeger (1889 – 1976), “o artista revela a escultura que se encontra ali, na técnica”. Percebemos então que já estava ali, pois se revela, se apresenta claramente. Então o importante é o Constelador se colocar a serviço das percepções fenomenológicas. Revelar, significa deixar o véu, tornar visível, que do grego significa: aletheia, ou seja, revelar.

Fatos são histórias e narrações e na fenomenologia não estamos fora, fazemos parte, percebemos o que aparece, e não somos um observador neutro. Por isso para a Constelação Sistêmica não é importante uma explicação do que acontece no processo, e sim uma compreensão captada através de um sentido mais amplo (percepção ampliada que dá origem ao processo intuitivo). É um aprendizado significativo dos sentidos, uma compreensão experimental única e inexplicável!

A fenomenologia é contemplativa, quebra paradigmas, pois é a ruptura do mundo sedimentado e da certeza do conhecido. Ampliamos nossas percepções a verdade surge, emergindo o que deve ser revelado através do “campo”. Portanto, vemos de uma maneira diferente. O que se faz não é um diagnóstico, e sim a revelação que ela tem com a vida. Ela vai se apropriando da revelação que tem e a partir de então, naturalmente, facilita a transformação sustentável em sua vida do Constelado.

movimento fenomenológico consiste em nos deter durante o exercício exploratório para dirigimos o olhar, não mais para algo determinado, mas para o sistema como um todo. E quando nos deixamos levar por esse movimento diante do Constelado, respeitando suas questões limitantes, nosso olhar fica simultaneamente pleno, vazio e sem julgamentos. Somente quando abstemos destas particularidades do ego é que conseguimos perceber e suportar a plenitude.

No exercício das Constelações Sistêmicas somos ancorados por esses movimentos pois, diante do campo do Constelao, quase sempre precisamos alternar nosso olhar do estreito ao amplo, do próximo ao distante, indo para dimensões além do tempo e do espaço.  Trata-se de nos expor a um contexto muito amplo sem qualquer intenção, julgamento ou medo, percebendo esse todo maior tal como ele é.

Como é impossível abarcar tudo com o olhar, isto é depositado na família ou nos fenômenos relacionados com a consciência coletiva familiar. Sem dúvida, trata-se de uma percepção que transcende o que observamos. Assim, quando o Constelado configura a sua família, eu posso ver, por exemplo, se falta alguém ou não, se alguém foi excluído, rejeitado ou esquecido, já que meu olhar vai além da imagem representada. E essa percepção é confirmada pelo “campo” do Constelado. Trata-se de uma percepção interior, despojada de perguntas, objeções, dúvidas e medos que, nesse caso, mira com propriedade, principalmente, as Leis da Ordem e do Pertencimento. No entanto, são necessárias algumas condições para que se possa ter acesso ao que é essencial naquele sistema. Uma delas é dirigir um olhar amoroso para as pessoas representadas no sistema, o que implica aceitá-las como elas são, com seus destinos e suas dificuldades.

Essa abertura fenomenológica é um ponto de partida sem preconceitos, sem avaliações, sem intenção nem interesses, que possibilita, de pronto, no transcurso de um processo de Constelação Sistêmica se torne visível. O essencial faz com que os elementos daquele sistema se comportem de uma e não de outra forma, assim, ao mirar o fenômeno oculto, naturalmente surge a luz, o evidente e a clareza. É emocionante ter a possibilidade de perceber e sentir o que sentimos, especificamente neste momento.

 “Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: Infinito”  – William Blake

A Fenomenologia se fundindo com o Campo Mórfico

Para entendermos melhor o significado de “campo”, utilizamos as concepções de Rupert Sheldrake, onde ele afirma que algumas capacidades humanas não são paranormais, mas sim capacidades de qualquer ser humano, que faz parte de nossa natureza biológica. Segundo Sheldrake, essas capacidades são amplamente difundidas em todo o reino animal. Fomos nós que, com o tempo, perdemos e negligenciamos estas capacidades que a evolução nos legou.

“Os campos perceptivos constituem uma espécie de campo mórfico. Estes campos têm sua raiz no cérebro e são afetados pelos padrões de atividade dentro do cérebro, mas se projetam para fora de modo a nos ligar ao mundo que percebemos ao nosso redor” (Rupert Sheldrake).

No que esses campos são capazes de influenciar nossas vidas? Sheldrake escreveu que “As regularidades da natureza não são impostas a ela desde um reino transcendente, mas evoluem dentro do universo. Aquilo que acontece depende daquilo que aconteceu antes. A memória é inerente à natureza. É transmitida por um processo chamado ressonância mórfica, que atua em campos chamados de Campos Mórficos”.

No livro “Uma nova ciência da vida”, lançado primeiramente em 1981, ele descreve sua teoria e afirma que as informações estão atreladas a esse campo. Informações de forma, memória, organização e padrões. Sheldrake menciona que “Os campos morfogenéticos podem ser considerados análogos aos campos conhecidos da física no sentido de que são capazes de organizar mudanças físicas, embora, muitas vezes, não possam ser observados diretamente”.

Nesses campos, toda a memória de nossa rede coletiva familiar está inserida e ela age sobre os que fazem parte dela. Dessa forma, acontecimentos de outras épocas influenciam diretamente nossas vidas no agora. Assim como temos nosso próprio inconsciente, o nosso sistema familiar possui o campo mórfico, com informações que atravessam a vida de todos aqueles que pertencem.

A Constelação Sistêmica é uma forma de olhar para essas informações, diria que de todas que eu conheço ao longo de dezenas de anos inseridos neste contexto do desenvolvimento e comportamento humano, a que tem maior propriedade de se conectar ao sistema e emergir soluções sustentáveis notórias e facilmente percebidas em nossas vidas.

Estudos Contemporâneos

Estudos modernos e novos conhecimentos científicos ampliam a fronteira do conhecimento humano.

É comum para quem se inicia a ter contato com o processo da Constelação Sistêmica uma ligeira complexidade de entender do que se trata essa ferramenta. Se confunde com algo milagroso ou mágico, mas ao se pesquisar e vivenciar sobre as Constelações Sistêmicas, essas ideias caem por terra e aos poucos a compreensão real aparece: o conceito dos campos sistêmicos é comprovado pela ciência e pelas pesquisas atuais.

Um pouco do que vemos em uma Constelação Sistêmica é explicado em grande parte pelo estudo do modelo Fenomenológico. Edmunf Husserl (1859-1938) foi o primeiro teórico dentro desse campo. Por ser composto por energia, o mundo sensível não é completamente óbvio à nossa consciência, e por isso é saudável duvidar de suas manifestações, assim como é positivo a suspensão de juízo ao percebê-lo. Ter uma atitude fenomenológica é ter um olhar sem julgamentos e juízos do ego. É saber que perceber com os sentidos é o que vem do centro vazio, concentrado entre a percepção e a intuição.

Numa Constelação Sistêmica Vivencial com pessoas, por exemplo, os representantes se movimentam através de sensações físicas geradas pelo Campo Morfogenético especifico do sistema familiar de quem está constelando uma questão relevante para sua vida. O Constelador, juntamente com o Constelado, observa esse comportamento, e então podem concluír, simultaneamente, uma visualização de uma dinâmica que estava oculta.

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A Constelação Familiar, foca nos aspectos das relações que estão presentes a nível inconsciente em sua vida, afetando seu modo de pensar, sentir, fazer escolhas, saúde, prosperidade, relacionamentos pessoais, empresariais, etc. Tem forte atuação no contexto Jurídico, Educação e Desenvolvimento Pessoal e Profissional, atuando com relevância em problemas, tais como: Dificuldades com Mãe e/ou Pai / Relacionamentos / Materialização Financeira / Dificuldades para Emagrecer / Depressão & Estresse / Pânico & Medo / Infelicidade e Infidelidade / Vícios (Álcool, Drogas, Jogos) / Falta de Realização Pessoal & Profissional / Dificuldades para Engravidar / Patologias de todos os gêneros.

Existem “leis”, chamadas Ordens, que regem a estrutura familiar, como uma energia invisível que tem como função manter o equilíbrio do sistema e quando desrespeitadas, dentro de uma família, surgirão emaranhamentos, graves conflitos e desordens, em várias gerações atuais e/ou descendentes.

Constelação Empresarial, também segue as mesmas Ordens, mas esclarece a questão “O que de fato está acontecendo nessa empresa?” Apresenta as dinâmicas ocultas que estão impedindo o livre desenvolvimento e crescimento dessa empresa, em vários aspectos. Foca também questões de trabalho e carreira. 

As Constelações Sistêmicas, abrem caminho para que essas Ordens sejam restabelecidas, fechem ciclos que permanecem abertos, permitindo a solução na sua vida, trabalho, carreira, empresa.

 

 

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