Como Agirmos após o Presenciar uma Constelação Sistêmica

Como Agirmos após o Presenciar uma Constelação Sistêmica

Muito se pergunta como deve ser o comportamento, pensamentos, ações após finalizar um processo de constelação sistêmica. A resposta é simples e prática: ficar em paz e deixar, por algum tempo, que faça efeito em si o que fora vivenciado, sem julgamentos.

Podemos ou não fazermos uma reflexão posterior em grupo, após finalizar uma Vivencia de Constelação Sistêmica, mas devemos respeitar acima de tudo o Constelado para expor, caso queira, suas percepções ou relatar o que achar adequado. O mesmo podemos fazer, de maneira respeitosa, com os representantes e participantes. O conteúdo informacional da constelação pode ficar mais preciso e esclarecedor, criando músculos neurais significativos.

Não há a mínima necessidade de justificar as percepções, sobre o presenciou no processo da constelação.

Vivenciar algo e comentar essa vivência são coisas diferentes. As explicações são “menores” e menos eficazes do que os insights. A constelação sistêmica funciona como um processo para a alma do grupo. Os processos conscientes e os processos inconscientes, que confluem na percepção do que ocorre na constelação, colaboram de formas bem diferenciadas. O critério para a “adequação” da constelação não é a sua “explicabilidade”, mas a força, o alívio e a clareza que proporciona aos presentes (constelador – constelado – representantes – participantes), imediatamente após a sua conclusão ou, com frequência, apenas muito tempo depois, na verdade cientificamente sabemos que a energia oriunda deste processo reflete nos elementos até um ano após finalizado o processo. Embora a constelação sistêmica possa ser vista como um método de terapia breve, suas soluções não são apenas instantâneas. Uma constelação pode durar apenas uma hora, mas seu efeito se processa pouco a pouco, no dia-a-dia.

Tenho alguns cases, até alguns bastante antigos, que sempre lembro e quero compartilhar contigo sem citar nomes e expor pessoas:

Uma pessoa me relatou, cinco anos depois de sua participação num grupo: “Somente agora entendi. Obrigado”

Uma mulher que sofria com um câncer grave e que, em sua constelação, queria impedir que a morte se colocasse amorosamente ao seu lado, escreveu um ano depois: “Há muito tempo não luto mais contra a morte. Aceitei-a ao meu lado e ainda estou Viva.”

Mesmo quando um profissional Constelador numa constelação confronta o Constelado com aspectos desagradáveis, a configuração percebida dentro do Campo, deixa o Constelado livre para lidar com isso como lhe convier. Depois de uma constelação, frequentemente perguntam se devem fazer logo algo concreto, por exemplo, contar a constelação ao parceiro, aos pais ou aos filhos, procurar o meio-irmão desconhecido, ou coisas semelhantes. Geralmente a resposta é esta: “Espere. Quando o processo se instalar em sua alma, você saberá, no devido tempo e na situação oportuna, se algo dentro de você quer agir, e o que isso é.” Essa atitude coincide com a sabedora milenar de agir não agindo, permitindo que a energia sistêmica contida no Campo Morfogenético, flua da maneira mais adequada para produzir os devidos resultados necessários.

Quando o Constelador diz que ao Constelado que este deva fazer isto ou aquilo, tende a enfraquecer o que fora percebido no processo da constelação, ou seja, esta necessidade inexiste e tecnicamente não é recomendada. O Constelado sabe – e em determinadas condições precisa ser advertido disso – que é sua a responsabilidade por suas decisões.

Depois de uma constelação, o Constelado não procura saber o que o cliente fez com as informações. Ele se retira totalmente da execução real. Essa autonomia e responsabilidade em lidar com uma constelação é grandemente apreciada pela maioria dos Constelados e Participantes, pois sentem-se respeitados em sua responsabilidade. Entretanto, quando o cliente não consegue lidar com sua vivência ou com o resultado de uma constelação, quando se sente permanentemente mal depois dela, quando recebe novas informações sobre a história familiar e não sabe lidar com elas, quando a remoção de uma “casca” libera uma “camada” na alma ou quando emergem novos problemas, ou os antigos de uma nova maneira, então um novo contato com o Constelador deve ser possível e se faz necessário, seja através de uma ligação telefônica, de uma mensagem virtual, de uma sessão individual, da maneira mais conveniente.

Não se trata de uma reelaboração, mas de um novo passo. Quando convém que um Constelado, depois de algum tempo, faça uma nova constelação, ele entra outra vez num processo único, centrado no que se defronta nesse momento.

Eu como Constelador, há dezenas de anos, faço questão de saber de tudo de maneira discreta, mas jamais, por questão de respeito e ética, tenho a iniciativa de procurar um Constelado para ouvir seu depoimento. Ter a evidência que vida das pessoas que passam pelo meu processo de Constelação Sistêmica, estão se transformando, me motiva a seguir adiante neste relevante Processo, mas tudo com muita prudência e no seu tempo adequado, pois na minha essência eu tenho a convicção cientifica que cada um terão suas limitações transformadas em Benção.

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