Levando em consideração o ambiente corporativo, seja de empresas de grandes, médios ou pequenos portes, destaca-se a importância de gerenciar equipes, desenvolvendo potenciais e capacitando indivíduos a atuarem de forma autônoma e comprometida com os resultados predispostos.
Segundo minha percepção de dezenas de anos inserido neste contexto, nessa perspectiva a disciplina de Equipes de Alto Desempenho, contempla os seguintes quesitos: Desempenho Organizacional, Relações Humanas e Motivação, Liderança e Desenvolvimento de Equipes, além da Comunicação clara e assertiva entre os elementos.
No que tange ao objetivo geral, a disciplina visa desenvolver a competência (conhecimentos, habilidades e atitudes) de trabalhar em equipe, transformando grupos de trabalho em autênticos times, incrementando alto desempenho individual e em equipes, através do desenvolvimento da gestão, de modo que se possa atuar com autonomia, criatividade, inovação e alinhamento com os objetivos organizacionais. Desse modo, dentre os objetivos específicos da disciplina, destacam-se:
– Promover a implementação de competências essenciais para o exercício da liderança e da gestão de equipes;
– Implantar processos e desenvolvimento individual e de equipes, visando resultados na produtividade e desenvolvimento de equipes em todos os níveis.
O mundo corporativo atual deposita em suas lideranças a importante e fundamental missão de serem os responsáveis diretos pela sobrevivência da sua organização num cenário cada vez mais competitivo, cruel e, muitas vezes, desleal. É possível se delinear um modelo de líder ideal tão próximo aos apresentados nos cursos ou livros? Qual o papel de cada pessoa que integra uma equipe em prol do desenvolvimento do seu líder? E as organizações, como podem auxiliar na formação e desenvolvimento de novos líderes, capazes de enfrentar as mudanças econômicas, transformando o mundo num verdadeiro universo de incertezas?
Nesse aspecto, o primeiro grande passo é desconstruir a ideia de que liderança é uma característica inata de cada ser humano. A carga diária que um líder transporta em seu meio organizacional deve ser conduzida de modo a atingir dois focos principais sendo que ambos devem seguir trajetórias paralelas e em comunhão: a produtividade e a motivação da sua equipe. O primeiro é atingido quase sempre por meio de muita pressão, objetivos, planejamentos e estratégias. É o lado racional do processo de liderança, enquanto que o segundo corresponde ao suprimento das suas próprias necessidades em articulação, alinhado com os objetivos dos seus liderados. Assim, diante desses grandes desafios o líder encontra-se cada vez mais sem orientação, dividido no cumprimento, ao mesmo tempo, de duas rotinas organizacionais: facilitar e incentivar o bom relacionamento interpessoal dos membros da sua equipe e corresponder aos interesses empresariais na busca por resultados exitosos, à margem de muita cobrança, prazos curtos e custos reduzidos. Neste cenário, profissionais versáteis, hábeis nas relações interpessoais e com um poder de percepção inteligente começam a ser mais valorizados nas organizações.
A Liderança e o Compartilhamento de Informações
No geral a liderança é a capacidade de exercer influência sobre indivíduos e grupos, fazendo com que produza resultados positivos. Nesse sentido, partindo do princípio que as organizações são constituídas por pessoas e que estas são dotadas de sentimentos e objetivos pessoais diferentes, faz com que as relações que elas permeiam com as organizações que as acolhem, resulte em inúmeras formas de influências, desde a motivação pessoal até nas relações interpessoais.
Portanto, pode-se afirmar que a liderança é um importante elemento motivacional e norteador do comportamento humano e que exerce forte influência no grupo onde ela atua. Nesse aspecto, é imprescindível que o gestor domine as ferramentas de gestão de pessoas, visando, principalmente, compreender e se aprofundar no maior elemento impulsionador organizacional: a motivação humana. Transferir o conhecimento adquirido aos integrantes de uma equipe de maneira a facilitar a integração do grupo e na tomada de decisões é fundamental neste processo. Nesse sentido, o líder assume o papel de educador, treinando seus colaboradores visando que todos alcancem um único objetivo: os resultados positivos. A principal forma de desenvolver esse tipo de aprendizagem no ambiente organizacional é através da troca de experiências positivas e negativas envolvendo todos os colaboradores do grupo, inclusive o seu gestor. Esse compartilhamento permite a reflexão, por meio do exemplo, sobre possíveis erros e acertos e, consequentemente, a elaboração de mecanismos estratégicos preventivos que possam minimizar o risco de retorno associado a valorização e experimentação das práticas exitosas.
Uma característica bastante peculiar e marcante de uma liderança eficaz é o uso ADEQUADO do poder. Este exercício não se faz através do constrangimento e da opressão sobre os seus liderados, exigindo-os a realizarem as atividades à vontade própria, em função da posição que ocupa, mas, através do seu poder de persuasão. Assim, um líder influente e bem fundamentado garante que o grupo desempenhe seu papel sempre de boa vontade sem ser coercitivo nem abusando do poder que lhe compete. Nesse aspecto, o líder ganha o respeito e admiração de seus liderados, tornando o ambiente coeso e harmonioso.
Ainda sobre o exercício do poder pelas lideranças no ambiente organizacional, precisamos compreender a diferença latente entre o processo atual de LIDERANÇA e o obsoleto de CHEFIANÇA:
CHEFE é alguém que exerce o poder de mando em virtude de uma autoridade oficial ou oficiosa. Líder é uma pessoa que, graças à própria personalidade e não a qualquer injunção administrativa, dirige um grupo com colaboração dos seus membros.” Geralmente o chefe tende a ser autoritário, centralizador, controlador e passa boa parte do seu tempo distribuindo ordens, exercendo o seu domínio por meio, quase sempre de ameaças constantes e forte coerção, visando principalmente o lucro a qualquer preço. Sente prazer em apontar os erros, de modo a diminuir seu responsável, por isso faz questão de responsabilizar os outros quando algo foge do seu controle ou não resulta de maneira satisfatória. Já o líder inspira sua equipe, trabalha junto com o grupo, compartilhando das suas tarefas e valoriza as habilidades individuais de cada colaborador, respeitando suas limitações e auxiliando na sua superação.
LÍDER um excelente comunicador e utiliza critérios justos durante uma tomada de decisão. Se preocupa com a forma que os resultados são alcançados, por isso não trata seus colaboradores como números e sim como agentes transformadores. Dessa forma, tende a ser muito respeitado. Outra atribuição muito relevante de um líder é o desenvolvimento de pessoas. Assim, um líder estimula e incentiva a exploração do capital intelectual entre seu grupo por meio através da criatividade, desenvolvendo a autonomia e sempre fazendo com que o grupo seja participativo na tomada de decisões em geral. Dessa forma, ele propicia e estimula o surgimento de novos talentos, fazendo com que o grupo trabalhe sempre motivado e produtivo.
Entretanto, uma liderança despreparada pode gerar diversos danos à organização e ao grupo que lidera, tais como: surgimento de conflitos desnecessários, apelo aos jogos de poder, incitação à competição, ambiente de fofocas, clima organizacional nocivo às relações interpessoais, cobranças intensas e, principalmente, ambiente desconfortável e improdutivo à equipe.
Motivação: o desafio nas Organizações
No cenário atual, onde a competitividade impera no ambiente corporativo, nem sempre um profissional tem a oportunidade de desempenhar as suas atividades numa área, departamento ou Empresa que deseja. Diversos são os fatores que provocam esse fenômeno: escassez de vagas disponíveis no mercado, excesso ou economia de qualificações necessárias ao exercício do cargo ou, ainda, divergências na formação do indivíduo em relação às exigências do posto de trabalho em que o candidato gostaria de atuar. Nesse sentido, tais obstáculos geralmente são frustrantes e criam no trabalhador falta de motivação, tornando-o descrente do seu verdadeiro potencial. A motivação é a força intrínseca que move a busca dos objetivos, que instiga o avanço, o progresso, ou seja, é a ação interna que parte de dentro para fora do indivíduo e em proporções variadas.
Em situação contrária, isto é, quando a ocorrência se desenvolve de fora para dentro, nem sempre de acordo com a vontade própria do indivíduo, pode-se dizer que há um estímulo ou incentivo. Um dos aspectos que retrata o efeito motivação nas organizações é a capacidade que o colaborador lida com a liberdade atribuída pelo seu líder para decidir, criando autonomia para exercer sua função da melhor maneira possível.
Entretanto esse processo não é fácil e requer muita habilidade de um líder, tais como: observação e percepção aguçadas, boa relação com o grupo, facilidade de comunicação, noções básicas de comportamento e desenvolvimento humano e acreditar nas mudanças sem perder o foco nas prioridades da organização, as quais devem ocupar o lugar de destaque, pois representam a própria sobrevivência do grupo. Face as constantes mudanças na administração moderna nos últimos tempos, o fenômeno da motivação se tornou parte fundamental para o alcance dos objetivos organizacionais.
Conclusão e Sugestão Final:
Sua empresa precisa ter um olhar clínico mais eficiente no que relato acima ou você como líder precisa se prepara mais adequadamente para enfrentar estes desafios contemporâneos, sugiro que me contate para “co-criarmos” um plano de ação para que juntos, possamos transcender possível limitações que estejam limitando você ou sua empresa para obter resultados almejados e sustentáveis.
Cassio Corazzari (curriculum), consultor de Desenvolvimento Pessoal e Empresarial. 29 anos inserido no contexto atrelado ao Comportamento e Desenvolvimento Humano e Organizacional. Fone / Whatsapp – 19 9 9111-1023
Deixe uma resposta